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A HISTÓRIA DAS RÁDIOS EVANGÉLICAS NO BRASIL

A trajetória do rádio evangélico no Brasil é marcada por aventuras e emoções, acompanhada com o crescimento e até o surgimento das igrejas, que agora já investem em outros meios de comunicação de massa, ampliando, assim as “suas áreas de domínio”. Guglielmo Marconi, inventor do rádio, declarou a um grupo de religiosos americanos que o rádio era uma invenção que Deus tinha propiciado a igreja. Daí, concluímos duas verdades importantes: Marconi não esconde o seu lado religioso (herança de seu pai), e nessa afirmação, está implícita a missão evangelística da igreja no rádio (Mc 16.15).

 

O PRIMEIRO PROGRAMA DO RÁDIO EVANGÉLICO

 

Segundo Elvis Tavares, o primeiro programa evangélico de rádio no Brasil, estreou no dia 26 de março de 1929, na Rádio Club do Brasil, quando o Reverendo Rodolfo Hasse da Igreja Presbiteriana apresentou o seu programa semanal de 30 minutos. Já a Igreja Adventista do Sétimo Dia afirma que o pioneiro foi o Pastor Roberto Mendes Rabelo (foto ao lado), que após um teste vocal, em 1943, foi eleito o orador principal do programa “A Voz da Profecia”, que na época era produzido nos Estados Unidos, 52 programas para serem apresentados semanalmente durante um ano. E no dia 23 de setembro de 1943, 17 rádios brasileiras retransmitiram “a Voz da Profecia”. O fato foi comprovado em 1984, pela Revista veja em homenagem aos 40 anos do programa. Atualmente, o pastor Fernando Iglesias Martins apresenta o programa desde 2007, sucedendo Roberto Mendes, que faleceu em 16 de agosto de 1996, em Curitiba, Paraná. Afinal é quase incerto o pioneirismo do rádio gospel; só abemos que este veículo foi fundamental para a pregação do evangelho.

 

O RÁDIO PENTECOSTAL, UMA BATIDA DIFERENTE!

 

Nas Assembleias de Deus a discussão sobre a licitude do rádio para fins evangelísticos iniciou com o missionário sueco Albert Wedmer, na Convenção geral de 1937, no Estado de São Paulo. Finalmente aprovaram o uso do rádio para estes fins, mas, quanto ao crente tê-lo em casa, foi proibido para evitar que alguém o supervalorizasse, deixando de congregar-se ao ouvir músicas e programações seculares.

Quem procedesse dessa forma podia até ser excluído da igreja. No ano seguinte à Convenção, chega o missionário Nils Lawrence Olson (imagem abaixo) trazendo uma vasta experiência radiofônica dos Estados unidos, quando pastoreava na cidade de Portage, Estado de Wisconsin.

Aqui no Brasil ele lança o seu primeiro programa, em Minas Gerais, na Rádio Cultura de Lavras. No dia 2 de janeiro de 1955, Olson lança o programa “Voz das Assembleias de Deus”, na Rádio Tamoio. Todo o Brasil ouvia Lawrence Olson. Os crentes mais antigos ainda colecionam os seus LPs, como por exemplo, “O dia mais longo da história”. A “voz das Assembleias de Deus” foi essencial na evangelização do Brasil. Em janeiro de 1956, “O Brasil para Cristo” inicia as suas atividades radiofônicas por meio de seu fundador Manoel de Mello, quando criou a “A voz do Brasil para Cristo”, apresentado em São Paulo pela Rádio Piratininga. Este apresentador diferenciava-se de Lawrence Olson por criticar o Catolicismo Romano, algo que permanece até hoje o rádio evangélico!

Com os despertamentos espirituais que “sacudiu” o Brasil nos anos 60, o zelo evangelístico marcou fortemente as igrejas avivadas. Nesse tempo, José Rêgo do Nascimento e Rosalee Aplebby estrearam “Renovação espiritual”, pela Igreja Batista da Lagoinha, na Rádio Guarani, em Belo Horizonte. Na mesma década, Harold Willians apresenta “Visita ao seu lar”, pela Rádio Difusora, São Paulo.

Este foi o primeiro programa radiofônico da Igreja Quadrangular. Em 1961, entra no ar “Renovação Espiritual” de Eneás Tognini, pela Rádio América, São Paulo. Este foi um dos mais bem sucedidos locutores, haja vista a expansão do seu trabalho em rádios, como: Copacabana, Piratininga, Gazeta de São Paulo, dentre outras. Ainda na década de 60 entra no ar “A voz da Nova Vida”, por Roberto MacAlister, em 01 de agosto de 1960, pela Rádio Copacabana. Segundo Isael de Araújo, os programas eram produzidos no estúdio da sua própria casa; num quarto coberto por panos e lençóis, para minimizar o barulho.

O estúdio contava com dois gravadores Ampex e um toca-discos. Para gravar um programa de 15 minutos MacAlister gastava, em média, 8 horas. ...

Dedico a Radio Marumbi, parceira dos Gideões missionários da Ultima Hora GMUH.

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